O duelo começou agitado e o time argentino partiu pra cima do Galo, querendo surpreender o Atlético em casa. Porém, em um contra golpe velocíssimo, Jô escorou para Tardelli que, em alta velocidade entrou na área e bateu no canto, sem chance de defesa para Campestrini.
O Arsenal continuou jogando aberto, e, em outro contra golpe, Luan recebeu falta fora da área, mas o juiz e o bandeira consideraram que a infração foi dentro da área e deram pênalti para o Galo. R10 bateu forte, sem chance de defesa e fez 2x0 aos 14 minutos do primeiro tempo.
A partir daí o jogo começou a ficar catimbado, pois os argentinos começaram a provocar os jogadores atleticanos, e, em um certo momento o jogo teve que ser interrompido para que a briga não se formasse. O Galo acabou relaxando um pouco, e o Arsenal aproveitou para diminuir a diferença com gol de Braghieri, aos 39 minutos da primeira etapa. Cuca não ficou nada satisfeito e deu uma baita bronca no intervalo do jogo.
A bronca surtiu efeito já no início do segundo tempo, quando Luan, com apenas 1 minuto do segundo tempo fez o terceiro gol, que aliviou a pressão que poderia ocorrer por parte dos argentinos ao Atlético. O jogo tomou as feições que o Galo quis novamente após mexer ainda no primeiro tempo, com a saída de Tardelli, contundido, que deu lugar a Araújo.
Quando parecia que o duelo terminaria com este placar, eis que entra em cena novamente a maestria de R10. Após receber passe de Araújo, R10 percebeu que Campestrini não estava bem posicionado e arriscou um chute por cobertura. E a bola entrou exatamente entra a trave e o goleiro. Um golaço que enlouqueceu a massa atleticana. 4x1 era já um excelente resultado!
O jogo a partir daí ficou morno, e o Arsenal timidamente atacava o Galo. Até que, aos 39 minutos do segundo tempo, em uma linda cobrança de falta Benedetto chutou a bola no ângulo de Victor, que nada pode fazer.
Mas o pior ainda estava por vir para o Arsenal. Jô, que jogou muito bem, com passes sensacionais, deu lugar para Alecsandro entrar, e, aos 47 minutos do segundo tempo, após driblar o adversário, Alesandro soltou uma bomba de canhota no ângulo. Campestrini nada pode fazer novamente. Era o último gol de uma noite memorável para o time e a torcida, e uma noite de pesadelo para o Arsenal, já que, além de levar uma surra em campo, seus jogadores partiram para a briga contra a Polícia Militar e as agressões foram fortes de ambos os lados. Tanto PMs quanto jogadores ficaram feridos. Resta ao Atlético buscar se resguardar na Conmebol para que não tenha nenhuma possibilidade de sofrer qualquer punição perante os lamentáveis acontecimentos pós jogo de ontem. O resultado da ação por parte da PM foi o registro de uma ocorrência e liberação dos argentinos mediante pagamento de multa de R$38 mil reais. 26 mil para instituições de caridade e para reparos no estádio e 4 mil para um jornalista e dois policiais que foram atingidos por uma cadeira arremessada pelos argentinos.
O Atlético assiste de camarote amanhã o duelo entre The Strongest e São Paulo, e irá montar o time para o último duelo da fase de grupos contra o São Paulo, dia 17 no Morumbi, onde um empate ou uma derrota pelo placar de 1x0 para o SPFC, desde que o Vélez não vença seu último jogo por um placar maior que 1x0, deixará o Atlético como o melhor classificado de todos os times de todos os grupos da Libertadores. Esta campanha deixará o Atlético com a possibilidade de decidir sua classificação sempre em casa, até a final, caso chegue lá. Que assim seja! Pelo campeonato mineiro, o Galo volta a campo domingo contra o Boa Esporte, às 16h no Independência, e Cuca terá vários desfalques no time. Além de Réver e R10 na seleção brasileira, Bernard e provavelmente Tardelli ficarão de fora deste jogo. É hora de Luan, Araújo, Rosinei ou Alecasandro aproveitarem bem as duas vagas no ataque alvinegro. Para a zaga a tendência é a entrada de Gilberto Silva ou Rafael Marques.
COMENTÁRIO:
O Atlético mais uma vez apresentou um ótimo futebol, deu show, R10 brilhou novamente e o Galo teve várias virtudes, que o credenciam a ser um dos favoritos a conquista da Libertadores deste ano, que é o poder do elenco, pois, mesmo sem Bernard, que não jogou, e Tardelli, que saiu contundido ainda no primeiro tempo, o Galo não perdeu seu poder ofensivo, continuou atacando o Arsenal, fez mais gols e dominou o adversário.
Claro que a massa está feliz, com toda a razão, mas não ganhamos nada ainda. É preciso manter o trabalho sério e focado, pois na próxima fase a competição irá mudar completamente, e, um jogo ruim pode decidir o destino de um ou outro time na Libertadores. Portanto, todo o cuidado é pouco! Não se trata de ser pessimista ou estraga prazeres, mas sim de relembrar a todos que o futebol é traiçoeiro e que nem sempre vence o melhor, ainda mais em se tratando de mata-mata.
Portanto, resta a Cuca, a diretoria e os jogadores manterem o foco, buscarem a vitória em campo e deixar o oba oba para a torcida e a imprensa, que, volta e meia exalta o belo futebol do Galo.
Saudações,
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