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domingo, 20 de março de 2011

Galo vence Villa Nova no apagar das luzes e anuncia Guilherme ex-Cruzeiro como reforço para o ataque.

Do site Globo.com


Por Marco Antônio Astoni
Sete Lagoas, MG




Foi sofrido, mas o Atlético-MG voltou a vencer no Campeonato Mineiro. Na tarde deste domingo, o Galo bateu o Villa Nova-MG por 2 a 1, de virada, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, e evitou o terceiro tropeço seguido no estadual - o time vinha de empate com o Ipatinga (2 a 2) e derrota para o América-MG (2 a 1). Palermo abriu o placar para o Leão do Bonfim, e Ricardo Bueno e Anderson Uchoa (contra), este aos 47 minutos do segundo tempo, fizeram os gols da vitória atleticana.

Com o resultado, o Atlético-MG assumiu a segunda posição na tabela, com 16 pontos, ao lado do América-MG, mas leva vantagem no número de gols marcados (19 contra 16 do Coelho). O Villa Nova-MG manteve-se com 11 pontos, na sexta colocação, a um ponto do Tupi (quinto lugar, mas com um jogo a mais) e do América de Teófilo Otoni, último time do G-4.

O Atlético-MG volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), quando recebe o Uberaba, novamente em Sete Lagoas. O Villa Nova enfrentará o Ipatinga, no domingo, às 16h, no estádio Castor Cifuente, em Nova Lima.

Enquanto os jogadores do Galo conquistavam a vitória em campo, o presidente do clube, Alexandre Kalil, estava na Ucrânia, onde onde acertou a contratação do atacante Guilherme, ex-Cruzeiro.

Villa ofensivo, Galo apático

Apesar de jogar fora de casa, o Villa Nova não começou recuado. O Leão do Bonfim também saiu para o jogo, o que tornou a partida aberta e bem disputada. Antes mesmo de o Galo criar a primeira chance efetiva de gol, os visitantes abriram o placar. O goleiro Wagner lançou a bola para o argentino Palermo, que dominou, invadiu a área e bateu na saída de Renan Ribeiro. Foi a quinta vez, em sete jogos no Campeonato Mineiro, que o Atlético-MG saiu atrás no placar.

O gol do Villa não mudou a forma de jogar do Galo, que seguiu lento e desorganizado em campo. As jogadas mais perigosas eram as bolas cruzadas para Ricardo Bueno tentar o cabeceio, mas nenhuma delas assustou o goleiro Vagner. Em contrapartida, o Leão chegava bem ao ataque, em várias oportunidades, principalmente pelo setor direito, aproveitando brechas deixando pelo jovem Eron.

Aos 35, por muito pouco o Villa não ampliou. Allan fez bela jogada e deu excelente passe para Marinho. O veterano atacante, de frente com Renan Ribeiro, chutou em cima do goleiro atleticano. As chances ficaram mais raras até o fim do primeiro tempo. Leonardo Silva ainda tentou de cabeça, e Ricardo Bóvio, de falta, mas o Villa Nova conseguiu levar a vantagem parcial para o intervalo.

No último lance, a torcida alvinegra perdeu de vez a paciência com Ricardo Bueno, após um gol perdido pelo atacante, aos 44 minutos. Além de vaiá-lo, gritou insistentemente o nome de Neto Berola.

Mudanças e jogo equilibrado

O técnico Dorival Júnior atendeu ao pedido da torcida, mas em parte. Mandou Neto Berola para o jogo no segundo tempo, mas o sacado não foi Ricardo Bueno, e sim Wesley. Se o Atlético-MG não voltou do intervalo jogando com brilhantismo, pelo menos demonstrou mais vontade. Neto Berola e Jobson jogavam abertos pelas pontas, enquanto Bueno era o homem de referência na área.

O Villa Nova vivia de contra-ataques, mas a lentidão de Marinho atrasava a maioria das jogadas. O empate do Galo saiu aos 18 minutos. Mancini aproveitou a bobeira da defesa do Villa, roubou a bola e cruzou na medida para Ricardo Bueno cabecear e deixar tudo igual na Arena do Jacaré.

O jogo esquentou e ficou aberto após o empate do Atlético-MG, com os dois times criando várias oportunidades. Tanto o Galo quanto o Leão tiveram gols bem anulados pelo árbitro Renato Cardoso Conceição. Palermo fez o do Villa, e Mancini, o do Atlético-MG.

No fim, Magno Alves, que entrou no lugar de Jobson, fez grande jogada pela esquerda e tocou para a área. No bate-rebate, a bola tocou em Anderson Uchoa, que mandou para o fundo das próprias redes. No último lance, Jackson, que já tinha cartão amarelo, ainda foi expulso.

ATLÉTICO-MG 2 X 1 VILLA NOVA

ATLÉTICO:Renan Ribeiro; Jackson, Leonardo Silva, Réver e Eron (Mancini); Toró, Richarlyson, Renan Oliveira e Wesley (Neto Berola); Ricardo Bueno e Jobson (Magno Alves).
Técnico: Dorival Júnior

VILLA NOVA: Vagner; Alex Santos, Bruno Lourenço, Carciano e Raniery; Anderson Uchoa, Ricardo Bóvio (Marquinhos), Gedeon (Felipe) e Palermo; Marinho (Edmílson) e Allan.
Técnico: Wilson Gottardo.

Motivo: sétima rodada do Campeonato Mineiro. Data: 20/3/2011. Horário: 16h (de Brasília).

Árbitro: Renato Cardoso Conceição. Auxiliares: Jair Albano Félix e Pablo Almeida Costa.

Público: 9.745 pagantes. Renda: R$ 47.847,50. Cartões amarelos: Gedeon, Marinho, Anderson Uchoa, Carciano, Palermo e Bruno Lourenço (Villa Nova); Jackson e Toró (Atlético-MG). Cartão vermelho: Jackson (Atlético-MG).

Gols: Palermo (Villa Nova), aos 10 minutos do primeiro tempo; Ricardo Bueno (Atlético-MG), aos 18 minutos, e Anderson Uchoa (contra, para o Atlético-MG), aos 47 minutos do segundo tempo.

COMENTÁRIO:

Mais uma vez uma vitória de virada na temporada 2011. O Galo repete os mesmos erros desde que a temporada começou: Sofre gol, tem dificuldades mas no final saiu com a vitória. O primeiro tempo mais uma vez foi lastimável, uma sonolência do time todo, uma apatia, uma dificuldade enorme de ligar o meio-campo com o ataque. O time simplesmente não funcionou. Obviamente há que se reconhecer a força do adversário, que impôs enormes dificuldades ao Galo, mas ainda assim falta mais qualidade ao grupo alvinegro. As mexidas feitas por Dorival Jr. durante a semana não surtiram efeito do meio para a frente. Leonardo Silva ao menos não comprometeu, e não fez a torcida ter saudades de Werley. Eron e Jacson foram inoperantes, muito ineficazes no apoio e na marcação. Ricardo Bueno se esforçou, mas a camisa parece pesar uma tonelada nele. A camisa 9 parece não lhe pertencer, não se sente à vontade para encarar o desafio de jogar futebol em um time de massa como o Galo. Infelizmente há jogadores que não suportam a pressão e a responsabilidade de tal feito, e Ricardo Bueno parece se encaixar no perfil de jogadores de times de menor expressão. Mesmo com o gol feito continua em dívida com a torcida alvinegra.

Mancini finalmente aproveitou a chance que lhe foi dada. Entrou bem no jogo, deu passes, criou jogadas e foi o nome do jogo. Tomara que tenha a sequência para poder mostrar o bom futebol dos tempos de Roma e do ano 2002 no Galo.

O segundo tempo foi diferente, com muita luta do Galo para reverter o placar. A falta de encaixe do time faz com que os jogos se tornem duros, difíceis e dramáticos. Dorival precisa repensar o time para os próximos jogos.

Quanto a contratação do atacante Guilherme ex-Cruzeiro, acredito que seja um jogador versátil, veloz e chuta muito forte. Pode fazer a diferença a nosso favor. Talvez venha mais por aí, pois ainda carecemos do homem gol. Guilherme parece ser o jogador de velocidade, que cai pelas pontas. O contrato é de 04 anos. Seja bem-vindo Guilherme! Que faça muitos gols, assim como fez o outro Guilherme (pança), que nos deu muitas alegrias no final dos anos 90!
Aí vão alguns dados do jogador:

Nome completo: Guilherme Milhomem Gusmão
Posição: Atacante
Data de nascimento: 22/10/1988 (22 anos)
Local de nascimento: Imperatriz-MA
Altura: 1,75m
Peso: 76kg
Clubes: Cruzeiro (2007/2008), Dínamo de Kiev-UCR (2009), CSKA-RUS (2009/2010) e Dínamo de Kiev-UCR (2011)
Títulos: Copa São Paulo de Futebol Júnior (2007), Campeonato Mineiro (2008), Campeonato Ucraniano (2009) e Supercopa da Ucrânia (2009)

Apenas para registro, aí está a twittada do presidente Kalil:

@alexandrekalil
Alexandre Kalil
Direto da Ucrânia: Guilherme é do #Galo. Quatro anos de contrato!



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