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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Campanha péssima, resultado de persistir no erro

Lamentavelmente o Atlético está mais uma vez na zona de rebaixamento com um time muito fraco e limitado. Isto se deve a receita errônea e equivocada do Atlético montar os times que jogam o campeonato brasileiro. O Atlético começa o ano com um time e termina o mesmo ano com um outro. Troca-se vários jogadores praticamente no meio do ano, o que não dá ao time a estabilidade, a famosa "liga" que impede o time de ser tão competitivo quanto os que permanecem na liderança do campeonato brasileiro.

Outros detalhes relevantes a respeito do elenco deste ano é que o mesmo carece de bons valores individuais, que podem fazer a diferença. Não temos um camisa 10 criativo e genial. Não temos um velocista ao estilo Marques ou Sérgio Araújo que infernizavam as defesas adversárias, nem um finalizador eficiente como o Guilherme "Pança" de 1999, e nem um volante como Cerezo, ou um zagueiro tão bom no desarme como o Luizinho. O time atual sofre também da fraqueza psicológica e coletiva de não reagir, e de ter um abatimento acima do normal quando sofre um gol.

Quanto a contratações, o Galo ainda está com a mentalidade que era adotada antes da era dos pontos corridos, onde praticamente todos os times contratavam e dispensavam muitos jogadores após os campeonatos regionais. É preciso corrigir isto, além de ser necessário ter inteligência e criatividade para competir com os altos salários e regalias dos times do eixo RJ-SP para sair na frente na hora de trazer bons jogadores para o time. A ausência atleticana na Libertadores também é um fato inibidor, já que todo jogador quer jogar esta competição não apenas para vencê-la, assim como pelo fato desta ser vitrine para o futebol europeu, que acompanha de perto a maior competição sul-americana. Mas isto não impede que o time seja bom. O Coritiba, por exemplo, tem 25 pontos, tem um bom time e não disputa a Libertadores há bastante tempo também. Portanto, é um dado que pode interferir na formação de um elenco, mas que não significa que o time será rebaixado se não disputar a Libertadores.

O Atlético sofre um jejum de muitos anos sem um grande título de expressão, e a pressão aumenta a cada ano que passa. Ainda assim, é preciso sabedoria, calma e paciência para que o time chegue lá. É duro para a torcida, que não aguenta mais ver tantos fracassos, mas para chegar lá tem que pagar o preço sim. Se analisarmos bem os campeões brasileiros dos últimos anos, veremos claramente que os mesmos foram formados através de trabalhos em anos anteriores. Se o Galo troca de treinador e de time constantemente, como fazer um time competitivo e vencedor? Talvez aí esteja uma das principais causas de tantos insucessos alvinegros de longa data.

Para mudar isto, é preciso muito trabalho e planejamento. Aproveitar mais a base, pois foi dela que o Atlético montou timaços na década de 70 e 80. Óbvio que não é simplesmente pegar o menino da base e colocá-lo no time de cima sem que o mesmo esteja preparado. Que os mesmos joguem um campeonato mais fraco tecnicamente como o mineiro para adquirirem experiência e, com reforços pontuais (jogadores mais experientes e vencedores) formar um time com a mescla da juventude com a experiência para entrarem no campeonato brasileiro com possibilidades reais de ser um postulante ao título.

Se o Atlético insistir em fazer a mesma montagem de elenco desde o ano passado e repetir novamente, como vimos neste ano, vamos ter um futuro dramático e triste para a massa. É hora de repensar tudo e fazer diferente, enquanto há tempo, antes que seja tarde demais.

Saudações atleticanas,

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