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domingo, 1 de maio de 2011

De virada e com um a menos Galo faz 2x1 no Coelho se garante na final

Do site Globo.com


Por Marco Antônio Astoni
Sete Lagoas, MG

No dia em que completou 99 anos de história, o América-MG tinha que conquistar três gols de vantagem sobre o Atlético-MG para garantir uma vaga na finalíssima do Campeonato Mineiro. Para isso, o técnico Mauro Fernandes escalou uma equipe ofensiva e com algumas alterações em relação à primeira partida das semifinais. Porém, o que se viu na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, foi um domínio total do Galo, desde os primeiros minutos, o que culminou com a vitória de virada, por 2 a 1, que garantiu o alvinegro na final do estadual. Os gols do Atlético-MG foram marcados por Magno Alves e Serginho, enquanto Luciano fez o do Coelho.

Magno Alves festeja gol de empate do Galo (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)

O Galo tocou a bola com categoria, sem deixar o Coelho jogar. Com a vantagem de 3 a 1 conquistada na primeira partida, o time alvinegro esteve muito tranquilo e rodou a bola, esperando o tempo passar. Fillipe Soutto e Serginho, mais uma vez, foram os grandes destaques da partida. Mesmo após a expulsão de Richarlyson, que entrou no intervalo e recebeu o cartão vermelho aos 22 segundos do segundo tempo, o Galo foi melhor.

Agora, na próxima semana, o Atlético-MG enfrentará, muito provavelmente, o Cruzeiro, na primeira partida da final do Mineiro (a Raposa goleou o América TO por 8 a 1 no primeiro jogo da semifinal). A partida será no domingo, às 16h (de Brasília), novamente na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. É praticamente certo que apenas a torcida do Galo (mandante do primeiro duelo) seja permitida de comparecer nas arquibancadas, já que essa decisão tem sido usual em clássicos mineiros.

Galo leva perigo, mas gol não sai

O bom público presente na Arena do Jacaré deu o tom dos primeiros minutos do jogo. Os dois times entraram em um ritmo eletrizante, na busca do primeiro gol a todo momento. A consequência disso foi o grande número de boas chances criadas.

O América-MG não tinha outra alternativa a não ser atacar. Buscava as jogadas ofensivas com Fábio Júnior, mas sempre pelo meio, facilitando o trabalho da defesa atleticana.
Pelo lado alvinegro, a dupla Mancini e Magno Alves levava muito perigo ao goleiro Flávio. A aproximação de Giovanni Augusto e Renan Oliveira dava ainda mais qualidade à armação das jogadas.

O tempo foi passando, e o ímpeto dos times, diminuindo. Com isso, a qualidade caiu bastante. Este jogo interessava ao Atlético-MG que via, pouco a pouco, a classificação se aproximar. O primeiro tempo caminhou até o fim com o 0 a 0 insistente no placar. A partida começou boa, mas piorou demais nos minutos finais da etapa inicial.

Expulsão-relâmpago e virada

A segunda etapa começou com um lance inusitado. Richarlyson, que acabara de entrar, foi expulso com menos de um minuto de bola rolando. O volante reclamou de uma falta não marcada pelo árbitro Cléber Wellington Abade, que tirou o cartão vermelho.
Com um a mais em campo, o América-MG se empolgou e partiu pra cima. Aos 15 minutos, após cruzamento na área, Sheslon tocou de cabeça para Luciano, que só teve o trabalho de empurrar para as redes de Renan Ribeiro.

O jogo pegou fogo. O Coelho se mandou de vez para o ataque, em busca dos gols de que ainda necessitava, mas deu espaços para o Galo contra-atacar.
Aos 19, Giovanni Augusto fez linda jogada e tocou para Magno Alves, que girou sobre o zagueiro e bateu sem chances de defesa para Flávio. Dois minutos depois, veio o segundo. Serginho avançou em altíssima velocidade e bateu na saída do goleiro: 2 a 1. A Arena do Jacaré explodiu em uma linda festa da torcida atleticana.

A virada desmoronou o América-MG. O Galo, satisfeito com o placar e a classificação, tocou a bola e esperou o apito final para comemorar a quinta classificação consecutiva à final do Mineiro.

ATLÉTICO-MG 2 X 1 AMÉRICA-MG

ATLÉTICO: Renan Ribeiro; Patric, Werley, Réver e Guilherme Santos; Serginho, Fillipe Soutto, Giovanni Augusto e Renan Oliveira (Richarlyson); Mancini (Neto Berola) e Magno Alves (Cláudio Leleu).
Técnico: Dorival Júnior.

AMÉRICA: Flávio; Sheslon, Gabriel, Micão e Rodrigo (Daniel Lovinho); Luís Ricardo (Luciano), Leandro Ferreira, Camilo (Camilo) e Irênio; Eliandro e Fábio Júnior.
Técnico: Mauro Fernandes.

Motivo: partida de volta da semifinal do Campeonato Mineiro. Data: 30/4/2011. Horário: 18h30m (de Brasília). Árbitro: Cléber Wellington Abade (SP). Auxiliares: Bruno Boschilia (PR) e Thiago Gomes Brígido (CE).

Público: 16.132 pagantes. Renda: R$ 79.142,00. Cartões amarelos: Renan Oliveira e Neto Berola (Atlético-MG); Camilo, Irênio e Moisés (América-MG). Cartões vermelhos: Richarlyson (Atlético-MG).

Gols: Luciano (América-MG), aos 15 minutos, Magno Alves (Atlético-MG), aos 19 minutos, e Serginho (Atlético-MG), aos 21 minutos do segundo tempo.

COMENTÁRIO:

O Atlético, para muitos, não fez mais que sua obrigação, por possuir uma excelente vantagem, por ter mais time e mais qualidade que o adversário. Entretanto, o futebol e traiçoeiro e todo respeito é pouco. O Galo ainda continua sofrendo com a síndrome de sofrer um gol para acordar e reagir ao invés de controlar a situação desde o início. Parece que aos poucos o Patric vai se acertando na lateral direita e vamos obtendo um melhor conjunto. Serginho está voltando a ser o velho Serginho de 2008 e 2009 que encantou a torcida com belas jogadas e gols. A renovação proposta por Dorival ao colocar vários garotos para jogar no time principal tem dado certo e trará enormes benefícios para o clube, que jogou com muita raça, luta e dedicação total. Quanto ao América, o que ocorre é que o seu treinador apostou em veteranos e deixou a renovação de lado, que seria bem vinda, com jogadores como o Caleb, que foi um destaque na Copa São Paulo pelo América, mas não jogou uma partida sequer pelo clube no campeonato regional.

O que resta ao Atlético para os dois confrontos decisivos contra o Cruzeiro na final são um maior conjunto e atenção redobradas para não levar gols que possam comprometer um resultado no primeiro ou no segundo jogo. Levar gol nos confrontos contra o Cruzeiro pode ser fatal. Todo cuidado é pouco.

Para encerrar, o Galo honrou seu hino mais uma vez ao confirmar uma passagem dele que diz "GALO FORTE E VINGADOR". Não perdoou o Coelho e venceu as duas partidas, após perder no primeiro turno. Agora é acreditar e encarar o Cruzeiro sem medo, sem inferioridade, com raça, vontade e entrega de todos será possível vencer o campeonato. Claro que o Cruzeiro está em um momento muito bom, mas nada disso deve abalar nossa confiança. Sim, nós podemos vencê-los e conquistar este título!

Acredita Galo!

Saudações atleticanas,

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