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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Portal Ig apresenta números da administração Kalil no Atlético

Do blog chicomaia.com.br

O portal IG analisou o balanço do Atlético referente a 2010, que deverá ser aprovado hoje pelo Conselho Deliberativo do clube:

* Atlético-MG corta R$ 17 milhões em gastos e aplica no patrimônio

Despesas operacionais caíram de R$ 49 milhões para R$ 32 milhões. Diferença é investida no time de futebol

Victor Martins, iG Belo Horizonte

Desde que Alexandre Kalil assumiu o Atlético-MG, o clube não tem mais time de futsal, não tem mais departamento de marketing e fez corte de funcionários. De fato, a gestão atual enxugou os gastos para o funcionamento do clube e aplicou no futebol. Em números simples, o Atlético-MG gastou RS 49.083.050,00 em despesas operacionais em 2008 contra 32.208.358,00 no ano passado.

São quase R$ 17 milhões economizados em telefone, salários de funcionários, despesas de manutenção da sede administrativa, enfim, tudo que o clube precisa gastar para funcionar. Fora o futebol. “O Atlético se valorizou, gasta pouco, tem uma sede modesta, poucos funcionários, bem remunerados, mas poucos”, já dizia Alexandre Kalil em janeiro.

A diferença economizada na gestão do clube vai toda para o futebol. Se há três anos o gasto do Atlético-MG com sua equipe profissional era de R$ 44.635.152,00 por temporada, só em 2010 o clube gastou R$ 77.221.596,00.

Com mais dinheiro para investimentos, não foi apenas o futebol que recebeu os recursos. O patrimônio do clube também ganhou um tratamento especial. A Cidade do Galo, Centro de Treinamento do Atlético-MG, foi equipada com uma moderna academia de ginástica e aparelhos de fisioterapia para tratar de jogadores contundidos.

O resultado foi a eleição da Cidade do Galo como o melhor CT do país, além da valorização do imóvel. Seguindo a determinação de ajustar as finanças do clube, a direção atleticana contratou uma empresa especializada para fazer a reavaliação dos imóveis e dos investimentos do clube. Assim, o patrimônio do Atlético-MG passou de R$ 210 milhões para R$ 636 milhões.



Veja com os números como Alexandre Kalil administra o Atlético-MG

iG teve acesso aos balanços dos primeiros anos da atual gestão e revela o que mudou desde 2008

Alexandre Kalil tomou posse como presidente do Atlético-MG em 30 de outubro de 2008. Desde então, o clube passou por uma verdadeira revolução. Se antes era impossível disputar jogadores com os principais adversários do país, por falta de verbas e salários atrasados, o clube mineiro virou referência nos últimos dois anos. O Atlético-MG não só contrata grandes jogadores, vide Diego Tardelli, Diego Souza, Daniel Carvalho, como ainda busca jogadores importantes em outros clubes, caso do zagueiro Leonardo Silva, que era capitão do Cruzeiro.

O que não falta são teorias para o sucesso do Atlético-MG fora dos gramados. A negociação da dívida entre o clube e o banco BMG, do ex-presidente atleticano Ricardo Guimarães, é a mais comum. Venda do shopping Diamond Mall e até doação de dinheiro por parte de donos de supermercados fazem parte do imaginário do torcedor. O iG teve acesso aos balanços da gestão Alexandre Kalil e abre a caixa preta de uma administração que tem dado o que falar até entre dirigentes dos clubes brasileiros, embora os resultados dentro de campo ainda não tenham aparecido.

O balanço vai ser analisado e votado nesta quarta-feira pelo Conselho Deliberativo do Atlético-MG. Quatro pontos chamam a atenção nos números que a diretoria vai apresentar aos conselheiros. O pagamento das dívidas de gestões passadas, o aumento do patrimônio do clube, a redução de gastos para o funcionamento da entidade e maior investimento no futebol, além da supervalorização da marca Clube Atlético Mineiro.

Entre todos os números apresentados, nenhum chama tanto atenção quanto o crescimento do faturamento bruto em dois anos. O clube pulou de R$ 60 milhões em 2008 para R$ 93 milhões em 2010, sendo que o orçamento de 2011 prevê um faturamento de R$ 103 milhões. A valorização da marca fica evidente na comparação entre o que o clube recebia em 2008 com o que recebe agora em patrocínio. No ano do centenário, mesmo com toda a exposição, o total arrecadado foi de R$ 8.099.186,00 com Lotto, Fiat e FPT. Já no passado o valor foi de R$ 28.029.852,00 com Topper, Banco BMG e Ricardo Eletro.

O contrato de renovação para a transmissão do Campeonato Brasileiro deve ser assinado até 19 de maio, prazo estabelecido pela Rede Globo. Assim como Cruzeiro, Internacional, Grêmio, Fluminense e Botafogo, o Atlético-MG vai passar a ganhar R$ 53 milhões por ano. Desde 2009 o clube tem reajuste no que ganha da televisão.

Veja no quadro abaixo tudo que o clube faturou nos últimos três anos:

Arrecadação* 2008 2009 2010
Bilheteria 7.568.597,00 13.942.097,00 8.422.960,00
Direitos de transmissão 20.208.814,00 27.579.471,00 29.737.834,00
Transações de jogadores 11.714.533,00 6.978.695,00 10.160.985,00
Outras receitas atvidades esportivas 2.930.229,00 2.793.145,00 3.209.350,00
Projeto torcedor colaborador 962.549,00 822.247,00 711.237,00
Patrocinadores 8.099.186,00 4.374.232,00 28.092.852,00
Clubes sociais e esportes amadores 4.378.461,00 4.391.148,00 6.996.556,00
Receitas Patrimoniais 4.955.689,00 5.245.210,00 6.021.268,00
Total 60.818.058,00 66.126.245,00 93.290.042,00
*Valores em Reais (R$)

Curiosidade

No final de 2006 o Atlético-MG lançou o programa Torcedor-Colaborador, por meio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Utilizando o boleto da conta de luz, o torcedor atleticano podia doar R$ 5, R$ 10, R$ 20 ou R$ 30 por mês ao clube, sendo que ao final de 12 meses receberia um diploma do Atlético-MG. Idealizador do projeto, o então presidente Ziza Valadares esperava arrecadar cerca de R$ 800 mil por mês.

“O projeto Cemig é o mais importante da vida do Atlético, se o torcedor contribuir, nós vamos ter o maior time do Brasil”, dizia o dirigente.

O Atlético-MG chegou a ter mais de 20 mil colaboradores, passando dos R$ 300 mil mensais. Mas jamais chegou perto dos R$ 800 mil planejados por Ziza Valadares. Mais de quatro anos depois, o projeto ainda rende dinheiro ao Atlético-MG. Não chega a 1% do que o clube fatura, mas foram R$ 711.237,00 em 2010.



Atlético-MG pagou dívidas e, sem Mineirão, fechou ano no negativo

Faturamento com bilheteria caiu mais de R$ 5 milhões. Já o prejuízo operacional beirou os R$ 500 mil

Quando assumiu o Atlético-MG, o presidente Alexandre Kalil encontrou uma dívida próxima à casa dos R$ 300 milhões. Na época, um valor 500% maior que o faturamento bruto do clube. Um acordo feito com a Justiça Trabalhista, ainda na gestão de Ziza Valadares, e outro feito pelo próprio Kalil com demais credores, faz com que 25% da receita bruta do clube seja convertida em pagamentos de dívidas antigas.

Se o Atlético-MG ainda não conta com 100% do que fatura em mãos, o clube não passa mais o constrangimento de ter contas bloqueadas e nem dinheiro retido para o pagamento de credores. Com dinheiro nas mãos e ciente do que pode gastar, Kalil monta o time de futebol dentro deste orçamento. Mesmo assim o clube fechou 2010 no vermelho: déficit de R$ 474.242,00.

O valor cresce se somado com as dívidas antigas, chegando ao total de R$ 19.966.822,00. Porém, não significa que esse valor deixou de ser pago ou saiu dos cofres do clube. Mesmo assustador, os R$ 19 milhões já representam um grande avanço no pagamento das dívidas, que em 2008 alcançaram os R$ 36.475.721,00.

* http://esporte.ig.com.br/futebol/atleticomg+corta+r+17+milhoes+em+gastos+e+aplica+no+patrimonio/n1300107669727.html

COMENTÁRIO:

Kalil é um excelente administrador das finanças e do clube, mas o time de futebol ainda está muito abaixo de onde merecemos e devemos estar, que é disputando títulos de expressão de igual para igual e em competições internacionais de altíssimo nível como a Libertadores. Infelizmente isto se deve também ao que os outros presidentes antes dele fizeram com o clube. O importante é consertar tudo e vencer, como diz o nosso hino.

Saudações atleticanas,

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