Cont

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Raja surpreende e elimina Atlético da final contra o Bayer

O Atlético se programou, treinou, estudou o adversário, porém, na hora H, uma mistura de sentimentos entrou em campo junto com o time. Uma mistura de emoção, ansiedade, stress, a responsabilidade e quase obrigação de se classificar para a final contra um adversário teoricamente mais fraco tecnicamente, enfim, tudo isso e as diversas falhas do time e das mexidas do técnico Cuca foram fatais para que o time fosse eliminado na noite de ontem no Marrocos.

O Raja veio com uma proposta de jogo corajosa e eficiente. Sabendo de suas limitações, armou um time obediente taticamente, que marcava muito e saía rápido nos contra ataques pelos dois lados do campo. O Galo criou, tentou, mas enfrentou muitas dificuldades para furar a defensiva dos donos da casa. O primeiro tempo por muito pouco não terminou com vantagem para o Raja, que teve as melhores chances.

No segundo tempo o Raja continuou com a mesma estratégia e o Galo com a iniciativa de tentar o gol. Em um contra ataque rápido e fatal, o Raja saiu na frente aos 5 minutos. O Galo continuou atacando, lutando, e 10 minutos depois, empatava o jogo com Ronaldinho Gaúcho, que, em cobrança perfeita de falta empatou o jogo. Foi o único momento de alegria para o povo preto e branco. O drama continuou durante o duelo. Em outro contra golpe fatal, Réver faz falta dentro da área, aos 37 minutos do segundo tempo. Pênalti convertido pelo Raja. 2x1.

Cuca mexeu mal no time, (à exceção de Leandro Donizete no lugar de Josué) e suas mexidas deixaram o time ainda mais vulnerável atrás. Nos acréscimos, o Raja ainda fez o terceiro gol, e sacramentou a vaga para a final e a consequente eliminação do Galo do torneio. Como prêmio de consolação, o Galo decidirá o terceiro lugar contra o Guangzou da China, no sábado, no jogo de despedida do técnico Cuca, que aceitou a proposta dos chineses e deixa o Galo. Nomes começam a pipocar na imprensa. Levir Culpi, Nei Franco, dentre outros. Kalil terá muito trabalho para definir uma série de situações para 2014. Novo técnico, novo fornecedor de material esportivo, reforços, renovação de jogadores importantes como Ronaldinho Gaúcho e possíveis saídas e/ou dispensas de jogadores que não renderam o esperado. Após o sábado, com o retorno da delegação ao Brasil, muita coisa deverá mudar para o ano que vem. Vamos aguardar!

COMENTÁRIO:

O Atlético entrou muito mal na partida de hoje. Faltou trabalho psicológico para controlar os nervos dos jogadores, que sempre alegavam ter dificuldade para controlar a ansiedade, que, para a imprensa e a torcida expressam interesse e vontade dos jogadores em vencer. Porém, ela pode se tornar uma vilã, pois o time não conseguiu jogar nem 20% do futebol que encantou a América no início do ano. O time correu errado, faltou tranquilidade, o mais lúcido foi R10, mas o restante estava muito abaixo. O Galo também foi muito previsível, não teve criatividade para sair da mesmice e caiu na armadilha do Raja.

Cuca lamentavelmente errou a mão e parece ter perdido o comando do time após anunciar sua saída para o futebol chinês. Valeu enquanto durou! Tivemos sim um ótimo aproveitamento como mandante nos jogos no Independência, porém, deixamos e muito a desejar fora de casa, onde o aproveitamento foi, em muitas das vezes bizarro.

Enfim, foi um dia triste para a torcida, que sempre acreditou no time. Os jogadores, cabisbaixos, pediram desculpas. O Galo ficou na mídia e chamou a atenção do mundo! Uma pena não ter ido para a final. Alguns afirmam estar até aliviados, pois, se passássemos, o passeio do Bayern poderia ser inesquecível. Porém, no futebol, tudo pode acontecer.

Vida que segue, é juntar os cacos, reagrupar, fazer um time mais forte e lutar pelo bi em 2014, para voltarmos ao Marrocos e, desta vez, fazer mais e melhor!

O ano de 2013 foi um ano histórico! E tem muito mais pela frente, sem a menor sombra de dúvida!
Força Galo!
Saudações,

Um comentário:

  1. Prezado Sr
    Bom dia.
    Envio para o Sr uma impressão pessoal de um campeão mundial de 1970, comparando as seleções brasileiras de 1982 (sob o comando do Telê Santana) e a de 1970.
    A primeira tinha um time brilhante, jogando um futebol dos mais bonitos que já pude observar, com Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico no meio de campo, além de outras estrelas. Apesar do futebol bonito, não venceu a Copa do Mundo.
    A Seleção vencedora de 1970 tinha um cabeça de área que se posicionava à frente da defesa, cobrindo a subida dos laterais. Na de 1982, não havia cobertura precisa para as subidas de Leandro e Júnior, excelentes e ofensivos laterais e apoiadores.
    Fica a sugestão: que haja um cabeça de área para cobrir laterais ofensivos.

    Segundo disse Falcão, em Sarriá, em 05 de julho de 1982: “Não foi o Brasil que perdeu. Foi o Futebol. Ganhar aquele título poderia ter significado uma mudança na forma de se jogar dali pra frente”.

    Abs,
    Túlio

    ResponderExcluir