O início de jogo do Atlético foi fulminante, com Marcos Rocha muito acionado pela direita. Ele acertou um chutaço a 110km/h e explodiu o travessão do goleiro Wilson. Mas o pior ainda estava por vir para o camisa 1 catarinense. Poucos minutos depois, após jogada de Rocha pela direita, o meio campo Doriva do Figueira o derrubou dentro da área. Pênalti incontestável. R49 bateu com perfeição e fez o primeiro gol do Galo na partida e o segundo dele pelo Atlético na competição.
Ronaldinho comemora seu gol na vitória contra o Figueirense (Foto: Cristiano Andujar/Agência Estado)
Depois do gol, o Atlético teve chances de ampliar, mas acabou desperdiçando boas chances, passou a dar chutões e a jogar feio, e o Figueirense, aos poucos, tentou buscar os espaços na defesa atleticana. Uma cobrança de falta bem ensaiada pelos catarinenses determinou o empate. Bola alçada na área, um desvio para o meio dela encontrou o zagueiro deles que desviou sem chances de defesa para Victor.
Aí foi a vez do Atlético sentir o golpe, e, em um rápido ataque aos 45 minutos de jogo, o Figueirense virou o jogo. Com passe de Loco Abreu, Júlio César se livrou de Victor e virou o jogo a favor dos catarinenses. Com o placar adverso, Cuca mexeu na equipe e promoveu o retorno de Guilherme após quase 02 meses entregue ao DM graças a uma contusão na panturrilha após o jogo decisivo contra o América pelo campeonato mineiro. Porém, as mudanças não deram certo imediatamente. Para piorar, o Atlético sofreu o terceiro gol aos 14 minutos do segundo tempo. O Galo que, em todos os jogos anteriores tinha sofrido apenas 03 gols, levava mais 03 só contra o Figueirense.
Com dois gols de desvantagem não restava nada ao time que fosse lutar e tentar, ao menos, diminuir o prejuízo no placar. Mas foi muito melhor que isso. Em 11 minutos, o Atlético fez 03 gols e fez uma das viradas mais espetaculares dos últimos anos. Com gols de Leonardo Silva, Bernard e Guilherme, o Galo venceu o Figueirense em Florianópolis, e, a cada rodada que passa, se credencia cada vez mais rumo ao título.
Agora o Atlético volta suas atenções para o importante confronto da próxima quarta-feira contra o Internacional, no estádio Independência. O time terá desfalques importantes, como Jô e Serginho, suspensos. O Galo terá não apenas mais um adversário pela frente, assim como mais um tabu a ser quebrado. Desde 2002 o Galo não sabe o que é vencer o time gaúcho, seja em Belo Horizonte, ou em Porto Alegre. Que seja mais um tabu quebrado nesta quarta, às 21h50.
COMENTÁRIO:
O Atlético não fez um jogo brilhante, já que a defesa falhou bastante. Porém, a união do time, a entrega, a luta pela vitória foram marcantes. Há pouco tempo atrás, quando o Atlético estava em uma situação dessas (com 1x3), e era muito mais fácil levar o quarto do que fazer o segundo, empatar e virar.
Após muitos anos de amargura, sofrimento e decepções, temos motivos de sobra para acreditarmos que desta vez pode sim ser muito diferente dos outros anos:
* O Atlético tem um grupo muito qualificado, não apenas um time com 11 titulares e reservas medíocres. E é um grupo que está unido, empenhado e com foco.
* Kalil e a diretoria estão de parabéns pelo ótimo trabalho feito. Aguentaram muita pancada de todo lado após o 6x1 para o Cruzeiro, mantiveram Cuca e grande parte do elenco, apesar dos inúmeros protestos da torcida de que ninguém servia e tudo deveria começar do zero. O que fizeram foi dar os reforços que a equipe mais precisava, e, aos poucos, foram tirando os que não estavam rendendo. Resultado: O time foi campeão mineiro invicto e está muito competitivo no campeonato brasileiro.
* Jô, Victor, Júnior César, Rafael Marques, Leandro Donizete, Danilinho, Escudero, dentre outros, são excelentes reforços para esta temporada e tem dado um ótimo retorno à equipe. Entretanto, R49 foi, sem sombra de dúvida uma excelente aquisição. Em campo, ele está lutando, correndo, com sede de vitória e da conquista do campeonato brasileiro com a camisa do Galo. Quer fazer história aqui. A vinda dele trouxe para o grupo e para a torcida algo que há muito não tínhamos: Otimismo e confiança de que podemos sim chegar lá e ganhar.
* A volta do estádio Independência trouxe a massa de volta e faz do campo um verdadeiro caldeirão, onde a torcida abraça o time e o adversário sente a pressão. Na Arena do Jacaré isso só acontecia quando a Massa tinha que ir lá para apagar o incêndio e apoiar o time para não ser rebaixado para a segunda divisão.
* O comprometimento dos jogadores após o último clássico em 2011. Eles voltaram mordidos, determinados a fazer mais, melhor e a buscar o que há muito não temos: Grandes títulos. Querem pagar com juros e correção cada gol sofrido, cada gozação, chacota e humilhação sofrida ao longo não apenas do pós jogo contra o Cruzeiro, mas desses anos ruins onde o Galo fez campanhas pífias, longe da sua verdadeira tradição e história de time vencedor.
Por isso acredito que não foi a toa que o time conseguiu esta virada sensacional em Floripa. É sim vitória de time que está entre os que postulantes do título de campeão brasileiro de 2012! Que assim seja até o final!
Força Galooooo!
Saudações,
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