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terça-feira, 4 de maio de 2010

A história dos 40 títulos estaduais do Atlético

Em seus 102 anos de história, Galo se tornou o maior vencedor do Campeonato Mineiro
Ludymilla Sá - Estado de Minas

• 1915 - O Atlético se torna oficialmente o primeiro campeão do Estadual, com o triunfo no recém-criado Campeonato Mineiro pela Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT). Meireles, com sete gols, comemorou a artilharia da competição, que contou também com América, Cristóvão Colombo, Higiênicos e Yale.

• 1926 - O campeonato foi praticamente vencido por Mário de Castro, terceiro maior artilheiro da história do Galo, com 195 gols em 100 jogos. Na decisão contra o América, o Endiabrado, como era carinhosamente tratado pela torcida, marcou três na goleada por 6 a 3.

• 1927 - BH tinha somente 40 mil habitantes e 4 mil deles foram ao Estádio da Alameda, onde hoje está o supermercado Extra, ver Mário de Castro, Said e Brant em ação contra o já arquirrival Palestra. Os atleticanos voltaram felizes para casa depois da goleada de 9 a 2 aplicada no adversário.

• 1931 - Numa final emocionante, Galo derrota o Villa Nova de virada. O time de Nova Lima vencia por 3 a 0 e, de forma surpreendente, Mário de Castro fez os quatro gols que deram ao Atlético o quatro título estadual.

• 1932 - Alvinegro foi campeão invicto do Mineiro, que não teve América, Palestra e Villa Nova – disputaram uma competição paralela, vencida pelo Leão do Bonfim. Na final, o Galo derrotou o Fluminense por 4 a 1.

• 1936 - Com nove vitórias em 12 jogos (além de um empate e uma derrota), o Atlético venceu com Kafunga, Florindo e Quim; Zezé Procópio, Lôla e João Bala; Paulista, Alfredo Bernardino, Guará, Nicola e Resende. No ano seguinte, eles dariam ao alvinegro o título de campeão dos campeões.

• 1938 - Guará, o Perigo Louro, foi determinante em mais uma conquista invicta do alvinegro.

• 1939 - Na decisão, o Atlético venceu o Cruzeiro por 1 a 0, gol de Paulista. O jogo, no entanto, ficou marcado pelo traumatismo craniano sofrido por Guará, em choque com o zagueiro Caieira. Guará só retornaria aos gramados no ano seguinte, mas nunca mais foi o mesmo e acabou abandonando o futebol precocemente, aos 25 anos.

• 1941 - Sem Guará, o Atlético se refez da perda do artilheiro e conseguiu mais um título. Desta vez diante do Siderúrgica, de Sabará. Depois de um empate e uma vitória para cada lado, o alvinegro venceu a partida de desempate por 2 a 1.

• 1942 - O Galo derrotou o Ipiranga, como passou a ser chamado o Palestra em razão da Segunda Guerra Mundial, por 2 a 0, e foi campeão. No dia seguinte, o rival passou a se chamar oficialmente Cruzeiro.

• 1946 e 1947 - O bicampeonato foi marcado pelo cinquentenário de BH. Começava a história de Armando Giorni, o Mão de Onça, um dos melhores goleiros que já vestiu a camisa alvinegra.

• 1949 - Em campeonato disputado em três turnos por pontos corridos, o Atlético foi campeão e o América vice.

• 1950 - A competição foi dividida em duas pelo Atlético, que durante 50 dias excursionou pela Europa e retornou com o título de Campeão do Gelo. Quando voltou, sagrou-se campeão mineiro.

• 1952, 1953, 1954 - O primeiro tri, derrotando o Cruzeiro, na final, por 2 a 0. Ubaldo foi carregado até a sede de Lourdes; Zé do Monte consagrou-se como grande líder e toda a equipe entrou para história.

• 1955 - Galo se sagra primeiro tetracampeão da era do profissionalismo em Minas. A equipe não contou com Zé do Monte, uma de suas principais estrelas, na vitória por 4 a 1 sobre o Villa Nova no Independência.

• 1956 - Com um gol de Vaduca aos 39min do segundo tempo, o Galo, campeão do primeiro turno, derrotou o Cruzeiro, campeão do segundo, e conquistou o pentacampeonato.

• 1958 - Em mais um campeonato marcado por mandos e desmandos da Federação Mineira, o Atlético foi proclamado campeão. América foi vice.

• 1962 - Com Marcial no gol e Nílson comandando o ataque, o alvinegro foi mais uma vez campeão, depois de derrotar o arquirrival celeste. O atleticano Nilson, com nove gols, terminou como artilheiro.

• 1963 - Galo chega ao bi depois de vencer o Democrata-SL na final.

• 1970 - Sob o comando de Telê Santana, o Atlético assegurou o título por antecipação. Com nove vitórias em 10 jogos, já entrou campeão em campo para enfrentar o Cruzeiro na final. O jogo terminou 1 a 1 e a massa comemorou o fim do jejum de sete anos.

• 1976 - Há muito tempo a torcida do Atlético não via um time como o de 1976, que viria a ser a sensação do Campeonato Brasileiro de 1977. Com Reinaldo, Cerezo, Marcelo e Ortiz, o Galo venceu o Cruzeiro de Piazza, Nelinho e Joãozinho e ergueu a taça de novo

• 1978 - Sem seu maior jogador – o atacante Reinaldo, que já sofria com o joelho direito –, Galo recontratou Dario, que marcou nove gols e levou o time a mais um título estadual.

• 1979 - Já sem Reinaldo, o Atlético sofreu com a perda de Cerezo, que, machucado, ficou de fora de quase todo o campeonato. Mas retornou no momento certo, justamente na final contra a Raposa, e ajudou o Galo a conquistar outro bicampeonato.

• 1980 - Com uma goleada por 5 a 1 sobre o América, no Mineirão, o alvinegro levou mais um troféu do Estadual para a sua galeria. Eli Mendes, Palhinha, Éder, Heleno e Renato garantiram a festa.

• 1981 - No último jogo do Mineiro, Éder e Cerezo garantiram a vitória do Atlético sobre o Cruzeiro. Mas o Galo havia sido proclamado campeão na rodada anterior ao clássico.

• 1982 - Num time que contava com Nelinho, Éder, Reinaldo e Cerezo, quem brilhou foi o jovem Catatau. Com um futebol ágil, ele fez a diferença na decisão, destruindo a retranca cruzeirense na vitória por 2 a 1, que garantiu mais um troféu para a sede de Lourdes.

• 1983 - Mesmo sem Cerezo, vendido para a Roma, o Galo chegou ao sexto título seguido. Sagrou-se campeão com a goleada por 3 a 0 sobre o Nacional, de Uberaba.

• 1985 - Numa decisão das mais equilibradas, o Galo encarou o Cruzeiro em três jogos. Depois de dois empates (0 a 0 e 2 a 2), os times partiram para o terceiro jogo, que também terminou sem vencedor no tempo normal. Somente na segunda etapa da prorrogação o Galo conseguiu o gol do título, de Paulinho.

• 1986 - O alvinegro não deu chances para ninguém. Conquistou o bicampeonato com uma rodada de antecipação e ainda promoveu a ressurreição do centroavante Nunes, terceiro maior artilheiro da história do Estadual, com 26 gols naquele ano.

• 1988 - O Atlético venceu o primeiro turno e, com a vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, em 10 de julho, levantou a taça, dispensando a disputa do triangular final. Jason, de cabeça, fez o gol do título.

• 1989 - Outro bicampeonato em jogo histórico. O Estádio Duarte de Paiva recebeu a primeira decisão Estadual, mas os torcedores do Democrata tiveram de engolir mais um triunfo atleticano, desta vez por 1 a 0, gol de Paulo Roberto.

• 1991 - Com a melhor campanha em todas as fases do Mineiro, o time, comandado por Jair Pereira, levou mais uma taça

• 1995 - O Atlético foi soberano, arrebatando o primeiro e segundo turnos. No último jogo do campeonato, Renaldo foi consagrado pela massa, ao marcar dois gols nos 3 a 1 sobre o Cruzeiro.

• 1999 - Atlético e América decidiram em três partidas. Na última, 1 a 0 para o Galo, jogo marcado pela garra do volante e capitão Alexandre Gallo, que jogou com a cabeça enfaixada, em função de um corte.

• 2000 - De novo, a final foi contra o Cruzeiro. O Galo venceu o primeiro jogo por 2 a 1 e praticamente assegurou a taça. No segundo, a igualdade por 1 a 1 apenas confirmou o título.

• 2007 - Embalado pela conquista da Série B do Brasileiro e o consequente retorno à elite, o Atlético goleou o Cruzeiro por 4 a 0 no primeiro jogo. O goleiro Fábio, de costas, foi surpreendido com um gol do atacante Vanderlei, que ganhou as manchetes do Brasil. Mesmo derrotado por 2 a 0 na segunda partida, levou a taça, pondo fim ao jejum de seis anos.

• 2010 - Com Vanderlei Luxemburgo no comando e Diego Tardelli no ataque, Galo chegou à inédita final contra o Ipatinga. No primeiro jogo, o Alvinegro superou o rival no Ipatingão por 3 a 2. O título foi selado no Mineirão. Apoiado por mais de 60 mil vozes, o Atlético venceu o Ipatinga por 2 a 0, gols dos ídolos Tardelli e Marques.

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